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Mostrando postagens de abril, 2021

Etiópia declara Estado de Guerra contra Tigray

[Etiópia declara Estado de Guerra] Nesta quarta-feira (04/11), as forças etíopes foram enviadas para a região separatista de Tigray, logo após o país do Chifre Africano declarar Estado de Guerra. O início dos ataques ocorreram quando as forças rebeldes da Frente de Libertação do Povo de Tigray (FLPT), invadiu uma base militar das forças federais, no norte do país, roubando vários equipamentos militares. A região de Tigray, localizada no norte da Etiópia, e desde 1993, vem buscando se separar do país, assim como fizeram seus vizinhos eritreus, porém, sem sucesso. A região conta com vários arsenais militares instalados devido à guerra contra a Eritreia. O primeiro-ministro etíope Abiy Ahmed - vencedor do Nobel da Paz de 2019, referente ao conflito entre Etiópia e Eritreia (1998-2000), afirmou junto ao número dois do exército que faria uma ofensiva militar contra a região separatista. Em 9 de setembro, a FLPT, que também é um partido político regional, realizou eleições loca

Guerra Irã-Iraque (1980-1988)

  Irã 🇮🇷 x 🇮🇶 Iraque No dia 22 de setembro de 1980, na liderança do Saddam Hussein, as forças iraquianas invadem o sudoeste iraniano. O Irã acabava de entrar numa revolução de caráter teocrático após a queda do Xá Reza Pahlevi e a ascensão do aiatolá Khomeini. A República Islâmica do Irã passava por uma instabilidade política devido a recente revolução islâmica. O Iraque aproveitou o momento para ocupar os campos de petróleo do país e atacou os navios de guerra iranianos no Golfo Pérsico. Os conflitos internos entre os mulás e os opositores foi o momento perfeito para o Saddam Hussein bombardear a capital iraniana de Teerã. Com um contingente de 190 mil soldados; usando armas soviéticas, mais de mil tanques de guerra e 450 aviões de combate, os iraquianos conquistaram mais de 1000 km da fronteira com o Irã. Visando a revanche por ter perdido o acesso ao Golfo Pérsico na disputa da região de Shatt-el-Arab (1974-1975), Saddam Hussein, estaria convicto de venceria essa guerra, mais nã

Marcha Verde - Ocupação marroquina no "Saara Ocidental" (1975)

  🇲🇦x🇪🇭 Em 16 de outubro de 1975, como ato de nacionalismo marroquino, o rei Hassan II, convoca os marroquinos a ocuparem o Saara Ocidental. No dia 6 de novembro de 1975, com o incentivo do rei Hassan II, mais de 350.000 voluntários marroquinos marcharam do norte do Reino do Marrocos rumo ao sul da região do Saara Ocidental. Esse momento ficou conhecido como a “Marcha Verde”, movimento cívico militar de ocupação das terras saarauís. A marcha ocorreu no final da colonização espanhola do Saara Ocidental; quando em 1955 a Espanha pretendia ingressar à ONU, e precisava entrar no plano de descolonização, e o Marrocos ganhou sua independência em 1956, reconhecida por França e Espanha. A “Marcha Verde” termina quando o Acordo Tripartite de Madrid, em 14 de novembro de 1975, que reconhece o Saara Ocidental como parte integrada do Marrocos e da Mauritânia deixando as tribos saarauís sob a dominação marroquina, e os mauritanos se retiraram do território ocupado em 1979. Com a ch

Exército de Libertação Nacional de Karen (KNLA)

  O Exército de Libertação Nacional de Karen (KNLA) é o braço armado do Partido da União Nacional Karen (KNU). O grupo surgiu em 1949 e vem lutando por independência do Estado de Karen, no leste de Myanmar. Em 2015, o KNU participou da Assinatura do Cessar-fogo (NPA) em que os grupos armados passariam a controlar de fato suas respectivas áreas de atuação. O Tatmadaw, inimigo histórico do KNLA, invadiu a região de Karen e passou a instalar acampamentos no Estado de Karen. De acordo com o general da ONU, Baw Kyan Heh, acusou o Tatmadaw de violar o acordo de cessar-fogo. Em dezembro de 2020, o KNU e KNLA soltaram uma nota em que acusa o Tatmadaw de atacar aldeias e civis do Estado de Karen. O Tatmadaw acusa o KNU de explorar o ouro da região à serviço das mineradores chinesas e tailandesas. Com o Golpe de Estado, do dia 1 de fevereiro, o KNLU declarou apoio aos civis birmaneses que lutam contra a ditadura do Tatmadaw. O Tatmadaw passou a bombardear aldeias no Estado de Karen, fazend

Exército de Independência de Kachin (KIA)

O Exército de Independência de Kachin (KIA) é um grupo armado surgido na antiga Birmânia em 1961, após a dissidência do Tatmadaw. O povo Kachin ocupa o sopé do Himalaia, no nordeste de Myanmar, no Estado de a Kachin e Shan e seu grupo armado passou a usar táticas de guerrilhas.  Sua origem étnica remonta os povos do nordeste da Índia e do sudoeste chinês.  Os Kachin seguem a religião cristã, herança de colonos estadunidenses no século XIX. Durante a II Guerra Mundial, os Kachin foram armados por forças estadunidenses e conseguiram expulsar os japoneses da Birmânia e com  o Acordo de Pangalong deu autonomia ao povo Kachin em 1947. A Organização da Independência de Kachin (KIO) passou a financiar a KIA com o contrabando de ouro, jade e armas para China. Em 1994, os comunistas do KIA formaram o Exército Democrático de Kachin e um acordo de paz com o Tatmadaw foi instaurado. Com a capital em Laiza, o KIO manteve as forças da KIA que passaram a produzir suas próprias armas. O cessar-fogo en

Tatdmadaw executa mais de 100 manifestantes

  Myanmar - 27.03.2021 Durante o desfile na capital Nayayidaw, em comemoração ao 76° aniversário da expulsão japonesa da antiga Birmânia, o Myanmar teve o dia mais sangrento desde o início do Golpe de Estado do dia 1 de fevereiro. Na sexta-feira (26/03), a TV Estatal RMTV aconselhou os manifestantes a desistirem de protestar no dia do desfile militar alegando que sofreriam tiros nas costas e na cabeça, assim como os manifestantes já mortos em protestos anteriores. O General Min Aung Hlaing fez um pronunciamento de 30 minutos defendendo a democracia para proteger o povo de Myanmar, e estavam presentes delegações do Paquistão 🇵🇰, Vietnã 🇻🇳, Índia 🇮🇳, Laos🇱🇦, China 🇨🇳, Tailândia 🇹🇭, Bangladesh 🇧🇩 e Rússia 🇷🇺. De acordo com várias fontes de notícias, o número total de vítima chegou ao 110 (El País), entre elas, crianças foram alvos de tiros disparados pelo Tatmadaw (Exército do Myanmar). Apesar do corte (censura) no fornecimento de internet, imagens circulara

Tensões entre EUA X RÚSSIA colocam Ucrânia e Crimeia em cheque

  Na semana passada o presidente norte americano fez duras acusações contra Putin, aumentando desta forma as tensões entre EUA, OTAN e Rússia. No decorrer destas semanas os norte americanos aumentaram suas frotas navais na Crimeia com tropas da Turquia e da OTAN em prontidão. Nesta terça feira 30/03 o parlamento (Rada) ucraniano declarou oficialmente sobre o Donbass, no mais alto nível, que as partes em conflito são a Ucrânia e a Rússia. Tirando a anterior condição do conflito do Donbass de "agressão da Federação da Rússia contra a Ucrânia". A declaração oficial de guerra internacional entre as duas partes impossibilita desta forma a implementação dos acordos de paz de Minsk. Em meio a este panorama de retórica belicista a Rússia vem desde o dia 21 de março reforçando suas tropas na Crimeia, se preparando para quaisquer possibilidades. Os americanos por sua vez, declararam em seu Comando Europeu alerta máximo na região dando a categoria de "Crise Potencial I