Myanmar - 27.03.2021
Durante o
desfile na capital Nayayidaw, em comemoração ao 76° aniversário da
expulsão japonesa da antiga Birmânia, o Myanmar teve o dia mais
sangrento desde o início do Golpe de Estado do dia 1 de fevereiro.
Na
sexta-feira (26/03), a TV Estatal RMTV aconselhou os manifestantes a
desistirem de protestar no dia do desfile militar alegando que sofreriam
tiros nas costas e na cabeça, assim como os manifestantes já mortos em
protestos anteriores.
O General Min Aung Hlaing fez um
pronunciamento de 30 minutos defendendo a democracia para proteger o
povo de Myanmar, e estavam presentes delegações do Paquistão 🇵🇰,
Vietnã 🇻🇳, Índia 🇮🇳, Laos🇱🇦, China 🇨🇳, Tailândia 🇹🇭,
Bangladesh 🇧🇩 e Rússia 🇷🇺.
De acordo com várias fontes de
notícias, o número total de vítima chegou ao 110 (El País), entre elas,
crianças foram alvos de tiros disparados pelo Tatmadaw (Exército do
Myanmar).
Apesar do corte (censura) no fornecimento de internet,
imagens circularam nas redes sociais mostrando soldados espancando e
atirando em civis.
Houve casos de milícias pró golpe atirarem
nos manifestantes, enquanto no interior do país, o Conselho de
Restauração do Estado de Shan matou dez soldados do Tatmadaw.
A oposição na clandestinidade, Pyiadangsu Hluttan (CRPH), acusa os militares de torturar os presos políticos.
As cenas dos protestos são extremamente violentas e por isso não estarei postando as fotos por aqui...
Ao
passo que os EUA e a União Europeia propõem sanções contra os
militares, os chineses e russos parecem não querer intervir nos assuntos
internos do país.
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