O Exército de Independência de Kachin (KIA) é um grupo armado surgido na antiga Birmânia em 1961, após a dissidência do Tatmadaw.
O povo Kachin ocupa o sopé do Himalaia, no nordeste de Myanmar, no Estado de a Kachin e Shan e seu grupo armado passou a usar táticas de guerrilhas.
Durante a II Guerra Mundial, os Kachin foram armados por forças estadunidenses e conseguiram expulsar os japoneses da Birmânia e com o Acordo de Pangalong deu autonomia ao povo Kachin em 1947.
A Organização da Independência de Kachin (KIO) passou a financiar a KIA com o contrabando de ouro, jade e armas para China.
Em 1994, os comunistas do KIA formaram o Exército Democrático de Kachin e um acordo de paz com o Tatmadaw foi instaurado.
Com a capital em Laiza, o KIO manteve as forças da KIA que passaram a produzir suas próprias armas.
O cessar-fogo entre o Tatmadaw e a KIA durou de 1994 a 2011 e foi quebrado quando os militares do Tatmadaw invadiram com artilharia pesada e força aérea o Estado de Shan em busca dos membros do KIA.
Em 2020, de acordo com a ONU, mais de 107 mil civis tiveram de fugir da região do conflito.
O KIA partiu para o narcotráfico de papoula e de contrabando de jade para gerar receitas para a guerrilha.
O KIA vêm enfrentando confrontos contra o Tatmadaw e com o golpe militar, as tensões aumentaram, pois o KIA não tem tolerado a violência provocada pelo Tatmadaw contra civis birmaneses e com isso, a guerrilha vêm atacando postos de controle do exército de Myanmar na região de Shan e Kachin.
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