O wahabismo é um movimento religioso ultraconservador. Na corrente sunita, sua interpretação do al-corão é baseada nos princípios da Lei Islâmica, a Sharia. O fundamentalismo religioso remete o salafismo por volta do século XVIII resgatado por Muhammad bin Abd Al Wahhab (1703-1792), criador da corrente mais radical do islamismo.
Para o Muhammad, o muçulmano tinha deixado de seguir as mensagens do islã de forma verdadeira e queria purificar os "infiéis".
Em 1744, o Ibn Saud, reinava o Califado e Muhammad pregava o “verdadeiro islã”, unindo a religião e política com o Reino de Saud.
O sonho de um Califado muçulmano wahabita levou a várias peregrinações e conquistas de cidades da península arábica que estava sob domínio do Império Otomano.
O Corão e a Sunna (costumes na escrita do profeta Mohamed), é baseado na “testemunha de fé”. A religião passa a ter um caráter mais político e a conquista de territórios ocorrem durante todos os séculos seguintes.
No século XVIII, seguindo uma corrente mais salafista, os wahabistas ocuparam a cidade e cometeram um massacre num mercado de Karbala, sul de Bagdá, no Iraque, deixando mais de 4 mil mortos: matando idosos, crianças, homens e mulheres, com o pretexto de acusar as vítimas de apostásia.
A expansão wahabita continuou durante os séculos seguintes. Esse fundamentalismo religioso foi à base da institucionalização do Reino da Arábia Saudita, criado em 1923.
O fundador da Dinastia Saudita Muhammad Abn Saudi (1710-1765) se concretizou após a conquista do Reino de Hijaz, em 1925, implantando de vez a teocracia wahabita.
De corrente sunita, métodos de violência são usados contra os xiitas, alauita, judeus, drusos, cristãos e outras religiões.
A música e o consumo de álcool é proibido, e as práticas ocidentais foram banidas, começando uma jihad durante os anos 60 e 70, o que deu base para os atuais grupos terroristas.
Os mujahidin (taliban) foram financiados por wahabitas, inclusive o Osama Bin Laden, na década de 1980, no Afeganistão, numa luta contra ocupação soviética e agora com o Daesh.
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