Pular para o conteúdo principal

Takfirismo

 


O Islã político almeja um projeto de poder material terreno. Tem o objetivo de estabelecer a religião na sociedade, criar o Estado perante prática teológica e religiosa, nos preceitos da Sharia. 


Após a morte do Profeta Maomé, o islamismo se dividiu nas correntes islâmicas: sunitas e xiitas que se estendem às várias ramificações e correntes ideológicas dentro do islamismo, ao ponto de chegarem ao fundamentalismo religioso como o Takfirismo, Salafismo e o Wahabismo.


Vários foram os movimentos de resistência islâmica contra os impérios Turco-Otomanos e colonizadores europeus, no mundo árabe, séculos passados.


A corrente islâmica do Takfirismo, que em árabe significa “aquele que renega Deus”, é a das correntes mais radicais do islamismo.


Os defensores da pureza no islã consideram hereges e infiéis todos que não seguem a linha wahabita. 


Sua militância impõe a “aquele que não se convertem ao islamismo deverá morrer”, indo contra os princípios islâmicos de liberdade religiosa.


Os Takfiris são os terroristas que explodem cidade, escolas, hospitais, bases militares, e estiveram envolvidos no Califado Islâmico Sunita na Síria e no Iraque.


O renascimento do takfirismo ressurgiu entre os militantes islâmicos egípcios após a derrota para Israel, em 1967.


Logo, a doutrina se expande para o Afeganistão, com os mujahidins, durante ocupação soviética, nos anos 1980. O dirigente era o egípico Ayman Al-Zawahiri e o xeque usbeque Tahir Yaldeshiv, formando à Al-Qaeda – a base – no país.


Em 2003, os seguidores do Takfirismo ganhou força. O líder Abu Mussab Al-Zarqawi, morto em 2006, foi o responsável por levar a doutrina ao Iraque, após a invasão estadunidense no país.


Portanto, os muçulmanos que não praticam o islamismo é um infiel e são acusados de Apostásia “aquele que renuncia sua fé”. As montanhas do Waziristão do Norte e do Sul é o seu novo santuário.


O papel messiânico tem os objetivos de: lutar criar um Estado Islâmico; perseguir os muçulmanos não praticantes; atacar os reformistas; e combater os xiitas.


Vale ressaltar que nem todo praticante do islamismo é um terrorista.


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Nicholas J. Spykman e a Teoria do Rimland

  A Teoria do Rimland (Spykman) O Nicholas J. Spykman (1883-1943) nasceu na Holanda e foi radicado nos Estados Unidos. Spykman foi um importante geoestrategista da política externa estadunidense. Influenciado pela escola britânica, sobretudo à Teoria do Heartland, de Mackinder, desenvolveu a Teoria do Rimland – entorno da terra -, também intitulada de “Estratégia de Contenção”. O Spykman via os conflitos internacionais como algo permanente, marcando a visão de mundo da Guerra Fria. No cenário internacional, a visão de paz era condicionada à necessidade de tensão política, garantindo um “equilíbrio” e uma “estabilidade”. O “equilíbrio” e a “estabilidade” no espaço foram denominados de Rimland. Ou seja, a periferia do Heartland. Essa teoria do Spykman contradizia ao pensamento de Mackinder que afirmava que quem tem o domínio do pivô do mundo “a ilha mundial”, dominaria o mundo; e para o Spykman, “ao dominar o rimland, controlaria o mundo”. O rimland seria o espaço aonde...

IRA - Exército Republicano Irlandês (1919-2005)

O Irish Republican Army, em inglês, é o Exército Republicano Irlandês, mas conhecido como IRA que, foi um grupo paramilitar católico - fundado por Michel Collins - criado em 1919 e tinha o objetivo de separar a Irlanda do Norte - de possessão britânica desde 1921 - e anexar à República da Irlanda. O IRA (Irlanda) virou inimigo do Sinn Fein (Irlanda do Norte), passou a atuar com características de terrorismo. Com apoios dos grupos, a Irlanda (Eire), consegue a independência contra os britânicos. A Irlanda do Norte (Uslter) era de maioria cristã protestante e os irlandeses católicos se viam subjulgados pela dominação do Uslter e por isso lutavam por melhores condições de vida. O Partido Unionista passou a convocar voluntários contra o IRA, liderado por Ian Paisley, e a Força dos Voluntários Ulster, também praticavam atos terroristas. Em 1972, ocorreu o Domingo Sangrento (Blood Sunday), e cerca de 13 jovens foram assassinados e 14 foram feridos pelas forças inglesas. Esse epis...

Tratado de Sèvres (1920)

    Em 1920, o Tratado de Sevrès foi um Acordo de Paz assinado na França e nele reconhecia a vitória dos Aliados diante o Império Otomano, posteriormente à Primeira Guerra Mundial. Nesse Tratado, o antigo Império Otomano se dividia aos interesses das: República francesa; do Reino da Itália e da Grécia; do Império Britânico; além de territórios destinados aos armênios e curdos. Portanto, houve uma reviravolta envolvendo o movimento nacionalista turco sob a influência de Atatürk, em que seu exército venceu na Anatólia e conquistou toda a península turca. Com a vitória de Atatürk, o rumo da história muda com o Tratado de Lausanne, de 1923, e os limites do Estado curdo foi extinto. Sendo assim, recomeça a luta curda por um Estado Independente e uma luta contra o governo turco.   21 de julho de 2020