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Oromo Libertation Army (OLA)

 


Oromo Libertation Army (OLA) é um grupo armado dissidente da Oromo Liberation Front (OLF).

A OLF foi um partido ilegal e considerado uma organização terrorista de 2011 a 2018 por Addis Abebba.

Com a chegada de Abiy Ahmed, em 2018, o Primeiro-ministro etíope quis reduzir o autoritarismo, proibir os partidos políticos e grupos rebeldes, e unificar o país em uma só Federação.

Em uma reunião em Asmara, na Eritreia, a OLF deveria entregar as armas e o João Maro, comandante do exército da OLF não aceitou o acordo e formou o OLA.

Os Oromias são cerca de 32% da população etíope, sendo o maior grupo étnico do país.

Escondidos nas florestas do Oeste e Sul de Oromia, a OLF passou a recrutar civis e organizar reuniões em apoio ao grupo armado.

Com a retirada de soldados das Forças de Defesa Nacional Etíope (ENDF) transferidos para o conflito em Tigray, aumentou as tensões na região de Oromia.

A ENDF chegou a ir no Quênia para capturar militantes da OLA.

A OLA e a ENDF estão em confronto nas proximidades de Addis Abebba. As forças de segurança em Oromia não conseguem combater os militantes da OLA.

O Partido Prosperidade (PP) do Ahmed, tem a maioria Amhara como filiados e a OLA passou a perseguir os povos de etnia Amhara.

A OLA nega que seja uma luta étnica e religiosa, porém o índice de violência aumentou nos últimos anos.

O governo etíope acusa os rebeldes da OLA e os militantes pedem mais autonomia e libertação das garras de Addis Abebba.

Vários massacres em Oromia seguem sem culpados. No início de março de 2020, oficias etíopes foram detidos por militantes da OLA.

Podemos imaginar que o conflito etíope vai chegar ao Estado de Oromia, como já acontece em Tigray. 




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