O
General das Forças Armadas do Myanmar, Min Aung Hlaing, toma o poder do
país ao negar o resultado das eleições parlamentares de novembro de
2020.
A junta militar alega ter havido fraude nas eleições em que
com 83% dos votos foram para o partido Liga Nacional da Democracia
(LND), que tem como líder San Suu Kyi detida momentos antes da posse
junto ao presidente em exercício, Win Myint.
De acordo com a
constituição de 2008, os militares têm direito a 25% dos assentos no
parlamento. O partido de oposição União, Solidariedade e Desenvolvimento
(USD), apoia os militares no poder.
Em um pronunciamento na Tv
do Exército do Myanmar (Tatmadaw), o General Min Aung Hlaing, passa o
poder interino ao ex-general Myint Swe, que permanecerá na presidência
por um ano.
A constituição de 2008 também prevê que o Tatmadaw
poderá intervir no comando do país a fim de evitar uma desintegração
nacional.
Em Estado de Emergência, barricadas foram montadas nas
principais cidades, a internet foi cortada, impossibilitando a
comunicação da população que pouco se manifestou contra o golpe, apesar
do apelo da Suu Kyi em acusar os militares de terem tomado o poder.
As
manifestações contra o golpe em Myanmar ocorreram na Tailândia e em
outros países do sudeste asiático, onde há bastante refugiados de
Myanmar.
O Myanar esteve sob a ditadura militar de 1962 até 2010, quando houve o processo de transição democrática e eleições livres.
A
líder Suu Kyi, eleita Prêmio Nobel da Paz em 1991, já governava o país
com restrição em conjunto com os militares, porém, nada fez para
proteger a minoría étnica Rohingya.
As principais organizações
internacionais condenam o Golpe de Estado e os principais líderes
mundiais já se posicionaram contra o controle do país pelo Tatmadaw.
Em
2017, o General Min Aung Hlaing já havia sofrido sanções internacionais
por perseguir, torturar, matar e expulsar os Rohingya de religião
muçulmana.
O quadro geral é de incertezas, porém, uma intervenção
estrangeira no país é pouco provável, a não ser que forças políticas e
empresariais estejam por trás e apoiando o golpe na antiga Birmânia.
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