Guerra Civil de El Salvador [1979-1992]
O grupo
inspirado em Agustín Farabundo (1853-1932), a Frente Farabundo Martí de
Libertação Nacional (FMLN) é um partido político salvadorenho que
iniciou suas atividades na guerrilha dos anos 1980. Como grupo
guerrilheiro de orientação marxisita-leninista e, inspirado na Nicarágua
sandinista e no socialismo da ilha caribenha, AFMLN tinha treinamento
dos soviéticos e cubanos.
A FMLN agia no norte do país, e lutava
contra a ditadura de José Napoleón, do Partido Democrata Cristão, e
imposta pela junta militar, em 1979, e da intervenção estadunidense, em
El Salvador.
Agindo nas regiões de selva, a FMLN possuía o seu
quartel-general em Chalatenango, com assembleias organizadas pelos
Poderes Populares Locais, formada por maioria de camponeses e indígenas
que se organizavam através de comunas.
A crise da guerra civil
salvadorenha ocorreu quando o arcebispo Oscar Romero, defensor da paz,
foi morto em 1980, o que acirrou as tensões políticas do país e a guerra
civil salvadorenha foi de 1979 até 1992.
O movimento
revolucionário salvadorenho ganhou força quando, em 1983, os Estados
Unidos passaram a apoiar a ditadura de Álvaro Magaña, que era presidente
interino de El Salvador e os confrontos na selva se intensificaram.
A
FMLN acusava os políticos donos de terras de escravizarem os
descendentes de africanos em suas fazendas. Mais de 250 mil negros eram
mantidos em condições desumanas nas fazendas de frutas tropicais
salvadorenha.
Com ajuda da empresa Transnacional Standard Fruit
Company, os Estados Unidos financiou grupos paramilitares anticomunistas
para lutarem contra os grupos guerrilheiros do país.
Da
Guatemala, grupos paramilitares apoiados pelos EUA estavam prestes a
intervir em El Salvador. Na região de domínio da FMLN, as estradas e
energias foram cortadas e os guerrilheiros passaram a sabotar estradas,
pontes e comunicações do governo salvadorenho.
Um dos grupos mais
sanguinários era a milícia Falange Imortais que fazia oposição e caçava
os guerrilheiros nas selvas densas do país agia também contra os civis.
Com a Revolução Cubana (1952), o presidente Ronald Reagan
temia o avanço da influência soviética na América Central e no ano de
1984 a 1988, os boinas verdes ocuparam El Salvador, mas sem sucesso,
como no Vietnã, não conseguiram derrotar os guerrilheiros da FMLN.
A
resistência da FMLN vai até 1992, quando o Acordo de Paz de Chapultepec é
assinado, pondo fim ao conflito, o grupo guerrilheiro entrega as armas e
vira um partido político. De 2009 a 2014, foi marcado pela presidência
do jornalista Mauricio Funes, da FMLN.
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