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Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC)

 


 As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia foi um grupo paramilitar de cunho marxista-leninista que atuava no interior do país. O grupo nasceu em 1964 após uma insurreição camponesa liderada por Manuel Marulanda (Tirofijo).

Usando táticas de guerrilha, o grupo visava alcançar o socialismo através da luta armada. Faziam parte das FARC: camponeses, dissidentes, mercenários, mulheres e até crianças.

As Farc conquistaram diversas áreas no sudeste colombiano, e passou a enfrentar uma guerra contra as forças estatais colombianas. Para se manter atuando o grupo praticava sequestros de lideranças políticas.

Era um contexto de guerra fria, e após a queda da URSS, Bogotá passou a acusar o grupo guerrilheiro como uma organização narcoterrorista, se sustentando através das plantações de coca e de impostos dos camponeses.

A luta política entre liberais e conservadores deixara um vácuo político dos interesses camponeses. Durante os anos de 1984 a 1987 e 1999 e 2002, os planos de paz não foram alcançados.

Álvaro Uribe (2002-2010) classificou às Farc como um grupo terrorista e com ajuda dos Estados Unidos mataram a maioria dos seus líderes. A morte de outros líderes continuara nos anos seguintes.

Em mais de 50 anos de guerra, o conflito deixou mais de 220 mil mortos e 6 milhões de deslocados internos.

No ano de 2016, o presidente Juan Manoel Santos e Rodrigo Londono se encontram em Havana para o acordo de paz e o desarmamento das FARC.

Em 2017, cerca de 7 mil membros das Farc entregaram 8 mil armas à ONU.

O processo de paz ainda passou por plebiscito popular e não teve apoio da população que via os ex guerrilheiros com maus olhos.

Muito dos ex-guerrilheiros tentam se inserir na sociedade colombiana. A emancipação feminina não teve apoio da Igreja Católica.

O Rodrigo Londoño, líder do partido das FARC, disse que o acordo não está sendo respeitado por Bogotá, mas procura uma participação sem armas na política.

A violência no campo aumentou, muitos líderes camponeses e ex guerrilheiros foram mortos e alguns dissidentes do acordo voltaram a pegar em armas.

 

 

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