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Exército de Libertação Nacional (ELN)

 

O Exército de Libertação Nacional [ELN] atua na Colômbia desde 1964. O ELN é considerado o último grupo guerrilheiro em atuação na América do Sul.

De orientação marxistas-leninista-guevarista, o ELN surgiu inspirado na Revolução Cubana de 1952 e, em 1966, o padre Camilo Torres traz a Teoria de Libertação para o grupo.

Em 1967, o ELN sequestrou o avião da companhia Avianca e os guerrilheiros pediam a libertação de seus líderes, presos por forças colombianas.

 

O ELN foi formado por jovens estudantes, começou a luta Armanda na zona rural e passou a atuar nas zonas urbanas tempos depois.

Em 1974, na Operação Anorí, os militares colombianos mataram mais de 3 mil guerrilheiros.

Com sede em Arauca, o ,ELN atua em mais de 30 departamentos colombianos e tinha estreita relação com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia [FARC].

Os indícios que o ELN age em Apure, na Venezuela e tenham apoio do governo de Maduro.

Após a dissolução da URSS e do avanço neoliberal, o ELN passou a atuar no garimpo ilegal, no contrabando, nas extorsões e nos sequestros de funcionários de petrolíferas (os quais acusam de roubar o petróleo do país).

O governo colombiano acusa o ELN de fazer parte do narcotráfico e que disputa o controle das drogas com o Cartel Clã do Golfo.

Após o acordo de Paz entre FARC e o governo colombiano de Ivan Duque, no ano de 2016, o ELN passou a ocupar áreas antes denominadas pelas FARC.

O ELN, como organização Militar, atua de forma horizontal e tem ligações com o grupo Martí Villa 10, formado por dissidentes das FARC.

O governo colombiano reforçou a segurança das petrolíferas do país e os esforços para conter os guerrilheiros não vingaram.

Em Quito, no ano de 2017, começou a rodada de negociações entre Bogotá e O ELN.

O governo da extrema direita, Ivan Duque classifica o ELN como uma organização terrorista que põe medo ao povo colombiano.

Em janeiro de 2019, o ELN assumiu o ataque contra um quartel da polícia em Bogotá, matando mais de 22 cadetes.

Com a mudança de governo da Colômbia e do Equador, em 2018, as negociações de paz foram transferidas para Cuba e continuam suspensas.


 




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