Já se passaram 10 anos do início da
guerra da Síria. O mês de março de 2011, dava o ponta pé na guerra
civil, quando grupos rebeldes do exército livre da Síria, com ajuda dos
Estados Unidos, pegaram em armas contra o regime de Damasco.
A Primavera Árabe chegou na Síria e logo se transformou numa sangrenta guerra civil.
De acordo com o Observatório Sírio para os Direitos Humano, quase 500 mil pessoas já morreram no conflito.
Mais de 12 milhões de sírios tiveram de fugir do país (ACNUR).
A Europa e os países vizinhos da Síria viveram a pior crise migratória e humanitária do século XXI.
Aproveitando do caos geral, a Al-Qaeda e o DAESH ganhou força nos desertos e nas áreas petrolíferas do país.
No ano de 2015, o Kremlin ajuda Damasco contra os rebeldes sírios e o DAESH.
O Irã, financiando a milícia xiita libanesa Hezbollah, também entra no conflito ao lado de Damasco.
Em
meio ao avanço do DAESH, os curdos receberam armas estadunidenses e por
terra, conseguiram conter o avanço dos grupos jihadistas.
A luta dos curdos, com a participação feminina incomodou o Califado até mesmo Ancara e Damasco.
Em
2017, o DAESH seria quase derrotado, e a Operação Ramo de Oliveira
abria espaço para Ancara adentrar o noroeste sírio e expulsar os curdos
de Afrin.
No ano de 2019, Ancara cria uma zona de segurança no
norte sírio, na região de al-Hasakah, ocupadas por curdos (YPG e YPJ) e a
SDF.
O Estado de Israel ataca diariamente posições sírias e do Hezbollah, em território sírio, alegando conter a influência iraniana.
Por mais paradoxal que seja, o Kremlin e Ancara fazem patrulhamento na Rodovia M-4, enquanto há um cessar-fogo em Idlib.
Em
Idlib, resiste o último reduto rebelde sírio, os grupos HTS e SNA, são
os mais fortes e têm apoio de Ancara (TKS) e lutam contra Damasco.
Os turcos usa os grupos rebeldes para contrabandear petróleo sírio e a SDF com os Estados Unidos.
Desde março que à Rússia vêm explodindo caminhões carregados de petróleo rumo à Turquia.
Uma hora foi o governo, outra o gasoduto, religião, e agora o petróleo, sempre o petróleo.
Crise humanitária?
Esse é o balanceamento de uma guerra que parece não ter fim.
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