Pular para o conteúdo principal

Marcha Verde - Ocupação marroquina no "Saara Ocidental" (1975)

 


🇲🇦x🇪🇭

Em 16 de outubro de 1975, como ato de nacionalismo marroquino, o rei Hassan II, convoca os marroquinos a ocuparem o Saara Ocidental.

No dia 6 de novembro de 1975, com o incentivo do rei Hassan II, mais de 350.000 voluntários marroquinos marcharam do norte do Reino do Marrocos rumo ao sul da região do Saara Ocidental.

Esse momento ficou conhecido como a “Marcha Verde”, movimento cívico militar de ocupação das terras saarauís.

A marcha ocorreu no final da colonização espanhola do Saara Ocidental; quando em 1955 a Espanha pretendia ingressar à ONU, e precisava entrar no plano de descolonização, e o Marrocos ganhou sua independência em 1956, reconhecida por França e Espanha.

A “Marcha Verde” termina quando o Acordo Tripartite de Madrid, em 14 de novembro de 1975, que reconhece o Saara Ocidental como parte integrada do Marrocos e da Mauritânia deixando as tribos saarauís sob a dominação marroquina, e os mauritanos se retiraram do território ocupado em 1979.

Com a chegada dos marroquinos, os saauraís tiveram seus direitos violados e foram perseguidos.

As forças reais marroquinas ocuparam a cidade de Smara, considerada sagrada para os saarauís.

Muitos saarauís se refugiaram na Argélia. O país vizinho recebeu mais de 200.000 refugiados saarauís.

A cidade de Tinduf recebeu a maioria dos refugiados. As forças reais marroquinas passaram a ocupar o território anexado e expulsar as tribos nômades da região.

Mais de 80% do território saarauí está sob a ocupação marroquina. Os marroquinos apenas deixaram aos saarauís uma faixa de terra com saúda para o mar.

Há anos os saarauís tentam tomar ss negociações de independência parando no Conselho de Segurança da ONU desde 2018.

Desde então, foi criada em 1975, a Frente Polisário, movimento de resistência e pede independência da  República Democrática  Árabe Saarauí, ex-colônia espanhola, e lutava contra o reino do Marrocos, até um cessar-fogo em 1991 e violado por Marrocos em 13 de novembro de 2020, na área sob a administração das Nações Unidas.

 

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Nicholas J. Spykman e a Teoria do Rimland

  A Teoria do Rimland (Spykman) O Nicholas J. Spykman (1883-1943) nasceu na Holanda e foi radicado nos Estados Unidos. Spykman foi um importante geoestrategista da política externa estadunidense. Influenciado pela escola britânica, sobretudo à Teoria do Heartland, de Mackinder, desenvolveu a Teoria do Rimland – entorno da terra -, também intitulada de “Estratégia de Contenção”. O Spykman via os conflitos internacionais como algo permanente, marcando a visão de mundo da Guerra Fria. No cenário internacional, a visão de paz era condicionada à necessidade de tensão política, garantindo um “equilíbrio” e uma “estabilidade”. O “equilíbrio” e a “estabilidade” no espaço foram denominados de Rimland. Ou seja, a periferia do Heartland. Essa teoria do Spykman contradizia ao pensamento de Mackinder que afirmava que quem tem o domínio do pivô do mundo “a ilha mundial”, dominaria o mundo; e para o Spykman, “ao dominar o rimland, controlaria o mundo”. O rimland seria o espaço aonde oc

Povos, Etnias e Culturas

  A ideia de um mundo globalizado em que os diferentes povos partilhassem da mesma cultura, com hábitos em comum como: a culinária; nas vestimentas; nos valores; no idioma, parecem não ter alcançados todos os povos, cada qual com mantendo seus costumes e tradições. Num mundo plural, desde o norte da África, passando pelo Oriente Médio, o mundo árabe de religião islâmica contrasta com os árabes judeus na Palestina, ou mesmo, da África Subsaariana tribal e colonial. A globalização esbarra nos costumes e práticas de uma sociedade tribal, milenar, que vem mantendo seu modo de vida de acordo com suas necessidades. Há embates no modo de vida dos povos da Oceania, das ilhas e mares e oceanos, nas Américas, na África ou Ásia, numa ânsia de mistura e preservação da cultura, misturado ao desejo imperialista e neocolonialista com seus produtos do mundo capitalista. A migração dos turcomanos na Ásia Central para a Anatólia, dos cristão armênios fugindo pelo Oriente Médio, passando p

Tratado de Sèvres (1920)

    Em 1920, o Tratado de Sevrès foi um Acordo de Paz assinado na França e nele reconhecia a vitória dos Aliados diante o Império Otomano, posteriormente à Primeira Guerra Mundial. Nesse Tratado, o antigo Império Otomano se dividia aos interesses das: República francesa; do Reino da Itália e da Grécia; do Império Britânico; além de territórios destinados aos armênios e curdos. Portanto, houve uma reviravolta envolvendo o movimento nacionalista turco sob a influência de Atatürk, em que seu exército venceu na Anatólia e conquistou toda a península turca. Com a vitória de Atatürk, o rumo da história muda com o Tratado de Lausanne, de 1923, e os limites do Estado curdo foi extinto. Sendo assim, recomeça a luta curda por um Estado Independente e uma luta contra o governo turco.   21 de julho de 2020