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Anti-Balaka X Sélékas - Conflito étnico religioso na República Centro-Africana



Em 2013, a milícia muçulmana Séléka, deram um golpe contra François Bozizé e que suscitou a ascensão ao poder de Michel Djotodia.

Com esse fato, surge a milícia cristã e animistas anti-Balaka — partidários ligados ao ex-presidente François Bozizé -, lançando diversas ofensivas contra os séléka e a população muçulmana.

O Tribunal Penal Internacional, TPI, 2014 levou ao julgamento vários líderes dos dois grupos por envolvimento em crimes de guerra contra a humanidade.

Os delitos do Anti-Balaka incluem: assassinatos de civis, pilhagem, recrutamento de crianças soldados, deportação forçada e estupro.

Os delitos dos Sélékas: assassinato, mutilação, tortura, ataques intencionais a civis e aos envolvidos com assistência humanitária.

Cerca de 15% da população era muçulmana, 25% católica, 25% protestante e 35% seguidora de crenças locais.

Há mais de 18 milícias rebeldes no território da RCA, num país cheio de florestas.

A responsabilidade da segurança do país é da MINUSCA (2014) que substituiu as tropas da Operação Sangaris (2013-2014). As ONGs encontram problemas em meios aos conflitos.

A madeira e os recursos minerais (diamantes) do país são exportados legalmente como clandestinamente, para os Emirados Árabes Unidos, a União Europeia e Israel.




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